A conclusão lógica de que existe um criador em Young Sheldon ⚛️
Mesmo sem acreditar em Deus, Sheldon ajuda a mãe a fortalecer sua fé.
📺 Young Sheldon (2017 - presente). No HBO Max.
Quando o spin off da querida série The Big Bang Theory foi ao ar, eu confesso que não esperava muita coisa. Afinal, nada poderia superar o Sheldon original. Ou, ao menos, era o que eu pensava.
Assim, fui pega de surpresa com a delicadeza e a sensibilidade dessa história de uma mãe com uma fé (quase) inabalável e sua dedicação aos seus filhos e marido. Em especial, toda a sua paciência e amor por esse garotinho brilhante, porém socialmente desajeitado, que um dia se tornaria o Sheldon que todos conhecemos.
Logo no início da segunda temporada, uma notícia trágica faz com que Mary questione os planos do Pai, e a sua fé entra em crise. O jovem Sheldon não entende o que está acontecendo. A sua mãe não vai mais à igreja e parou de orar antes das refeições. Será que ele fez algo errado?
De pronto já me chama a atenção o quanto a rotina é importante para as crianças, o quanto elas são sensíveis para perceber que há algo errado e o quão facilmente se sentem culpadas por circunstâncias externas, como uma fé estremecida ou pais que estão se separando.
Mary então explica o motivo de sua angústia. É que ter fé significa acreditar em algo que não se pode ter certeza que é real e, naquele momento, ela já não sabe mais se acredita.
Com toda a inocência que só os pequenos possuem, o nosso protagonista pergunta se pode ajudar oferecendo uma nova perspectiva sobre o tema. Após a negativa, os dois permanecem sentados em silêncio. Gosto particularmente de como o futuro Dr. Cooper olha para o céu em busca de uma resposta. E ela vem.
Ao falar sobre a impressionante precisão do Universo, o menino gênio demonstra e reconhece que, embora ele mesmo não acredite em Deus, concluir que existe um criador é algo lógico. Mas, como Mary aponta, seu problema não estava na razão, e sim no seu coração.
Nesse instante, temos o argumento definitivo, capaz de fazer dissipar qualquer vestígio de dúvida: quais seriam, afinal, as chances de Sheldon ter a mãe perfeita para ele em um mundo com bilhões de pessoas?
No agradecimento de Mary ao Senhor, temos a certeza de que vai ficar tudo bem. Com um coração grato e a fé fortalecida, a nossa heroína está pronta para retomar a sua missão de educar os seus filhos segundo o Evangelho.
E você? Também se derreteu com essa cena e sentiu vontade de abraçar a sua mãe ou o seu filhinho que, no universo inteiro, são perfeitos pra você? Me conta nos comentários.
Uma curiosidade
Zoe Perry, a atriz que interpreta a mãe de Sheldon quando mais jovem, é filha da atriz Laurie Metcalf, que dá vida à mãe do personagem quando mais velha.
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Para todos verem
[Cena na varanda da casa, à noite.]
Sheldon: Mãe, estou assustado.
Mary: Por quê?
Sheldon: Você não foi à igreja e parou de orar. Eu não entendo o que está acontecendo.
Mary: É meio difícil de explicar.
Sheldon: Sou eu? Fiz algo errado?
Mary: É claro que não! Venha aqui.
Mary (com Sheldon sentado ao seu lado): Sheldon, fé significa acreditar em algo que não se pode ter certeza que é real. E, no momento, eu estou tendo dificuldade com isso.
Sheldon: Então, não acredita mais em Deus?
Mary: Não tem que se preocupar com isso. Tenho que resolver isso sozinha.
Sheldon: Posso ajudar? Talvez eu possa oferecer uma perspectiva nova.
Mary: Eu não acho, meu bem.
[Os dois refletem em silêncio. Sheldon olha para cima e a câmera mostra a noite de céu estrelado.]
Sheldon: Sabia que, se a gravidade fosse um pouco mais forte, o Universo viraria uma bola?
Mary: Eu não sabia.
Sheldon: Além disso, se a gravidade fosse um pouco menos forte, o Universo se despedaçaria e não haveria estrelas ou planetas.
Mary: Aonde quer chegar com isso, Sheldon?
Sheldon: A gravidade é precisamente tão forte quanto precisa ser. E, se a proporção entre a força eletromagnética e a força forte não fosse de 1%, a vida não existiria. Quais são as chances disso acontecer por si só?
Mary: Por que está tentando me convencer a acreditar em Deus? Você não acredita.
Sheldon: Não, mas a precisão do Universo ao menos torna lógico concluir que existe um criador.
Mary: Meu bem, agradeço o que está tentando fazer, mas a lógica mora aqui (apontando para a têmpora), e, meu problema, aqui (apontando para o coração).
Sheldon: Bem, há 5 bilhões de pessoas neste planeta e você é a mãe perfeita para mim. Quais são as chances disso?
Mary: Obrigada, Senhor, por este garotinho.
Sheldon: Sabia que podia consertar isso.
Mary: Talvez tenha sido você e o Senhor.